Novas CGs 150 no Centro Educacional de Trânsito Honda (CETH), em Indaiatuba (SP).No local, existe uma área que simula situações de vias urbanas, além de possibilitar "slalon" com cones, acelerações e frenagens bruscas.
Apesar de externamente as alterações da CG 150 serem impactantes, no momento de acelerar, o que faz a diferença é a nova base. Seu chassi, completamente novo, traz uma base feita de aço de alta tensão, que o deixou 3,8 kg mais leve.
Mas a perda de peso final não foi exatamente esta, já que a moto ganhou carenagens e novo farol. A Fan ESDi passou de 117 kg para 115 kg na nova geração, mesmas alterações de valores encontradas na Titan EX, versão top da linha CG. Já na Titan ESD, a redução geral foi de 118 kg para 116 kg. Na prática, isto tornou a moto mais ágil, mesmo que as configurações de motor permaneçam as mesmas.
Toda a linha 150 traz motor monocilíndrico de 149,2 cilindradas que gera 14,3 cavalos de potência máxima. Com injeção eletrônica, é o único motor flex do segmento das utilitárias de 125/150 cilindradas.
Mesmo que, para uma nova moto, o fato de o motor ser o mesmo da geração antiga não empolgue tanto, este conjunto continua o mais moderno do mercado para o segmento. Seu funcionamento é linear e econômico, além de trazer mais força que o das rivais – o câmbio também segue o mesmo.
Somado estes atributos aos “quilinhos a menos”, a nova CG está mais vivaz. Além disso, uma pequena redução na inclinação da suspensão dianteira, também conhecida como ângulo de cáster, e novos pneus deixaram a moto um pouco mais estável. Esta firmeza no solo é ainda mais latente na Titan, com suas rodas de liga-leve.
Suspensões e freios
As alterações estruturais seguiram com novas calibragens das suspensões, que também receberam 5 milímetros a mais em ambos eixos. Com isso, os amortecedores da nova geração estão mais confortáveis. Em relação à ergonomia, houve alteração no assento, que está mais macio comparado ao antigo.
O acabamento segue bem feito pela Honda e o pacote das 150 oferece mais itens de série. Ambas trazem novo painel digital, com a diferença de ser mais completo na Titan, onde há relógio e exclusiva iluminação azul. Na Fan, o dispositivo é mais básico, trazendo os mesmos itens da Titan, como velocímetro, odômotero e marcador de combustível.
No geral, a linhOs freios a disco dianteiros agora são de série em todos os modelos 150 e sofreram mudanças. A Honda adotou um novo material no cabo condutor do freio dianteiro; mais expansível, que absorve parte da força nas frenagens. Em frenagens mais bruscas realizadas na avaliação, o sistema mostrou que necessita de mais força para travar do que na geração anterior.
A justificativa da empresa foi que, em pesquisas realizadas, os usuários da moto não fazem questão do dispositivo. Desse modo, para desligar as CGs é necessário girar a ignição, o que não é muito prático. Outra ausência sentida é a do lampejador, que aciona momentaneamente o farol alto. Segundo a empresa, o projeto do produto priorizou o desenvolvimento do novo farol, que possui uma iluminação constante, melhor que o anterior.
Quebrando paradigmas
Assim como fez ao ser a primeira moto movida a álcool e com a estreia do sistema flex em motos, em 2009, a CG quebra mais uma vez um paradigma no mercado. Mas, agora, a mudança não traz pioneirismo entre motos, como das outras vezes, mas sim uma revolução interna do próprio modelo, que abandona de vez o clássico farol redondo.
Com o novo visual, a moto está mais encorpada e segue de vez a tendência de motos de baixa cilindrada vistas na Ásia, apresentando apelo mais esportivo. Desde o para-lama dianteiro, com detalhes em dois níveis, até o farol da rabeta, que imita LED, a moto foi pensada para ser mais chamativa do que o modelo anterior.
Somadas às alterações estruturais, o ganho nesta geração foi grande e resta saber se o visual será aceito pelo público deste tipo de moto. A aposta da marca foi grande. Com as novidades, a CG 150 continua acertada como sempre, mas com visual como nunca teve.
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